segunda-feira, 30 de maio de 2011

No Ceará Não Tem Disso Não?

No Ceará Não Tem Disso Não?
Ah! Veio Luiz, Infelizmente têm coisa pió.
[...] Tenho visto tanta coisa
Nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
Não existe explicação
Qualquer pinguinho de chuva
Fazer uma inundação [...]
( No Ceará Não Tem Disso Não Luíz Gonzaga )

[...] O art. 1º do AI-5 Ambiental “dispensa (como se pudesse) de licenciamento ambiental” uma série de atividades, dentre os quais, aterros sanitários, desmatamentos e – vejam – pesca e aquicultura (como a criação de camarões em cativeiros), extremamente impactantes ao meio ambiente.

Segundo, porque, de um só golpe (e a palavra é essa!), esvazia a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) que, recentemente, contratou fiscais por concurso, e o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), órgão colegiado com participação da sociedade civil, ao determinar para as atividades para as quais não está dispensada (com se pudesse, repito) o licenciamento, este será de competência do presidente do Conpam, desde que a obra seja considerada, por decreto (vejam só!), estratégica para o Estado.

Nada de avaliação técnica pela Semace, de debates no Coema! Todas as decisões nas mãos do governador e do seu secretário! Isso quando as mudanças climáticas cobram da humanidade pesada conta pelo desenvolvimento a qualquer custo do sistema do capital! Espera-se que o Poder Legislativo não seja cúmplice desse “crime”.

(João Alfredo Telles Melo - Advogado, prof. de Direito Ambiental e vereador em Fortaleza).

Acreditamos que uma das grandes mazelas que entravam as melhorias nas esferas ambientais em nosso estado refere-se ao descaso do poder público no que tange o cumprimento das leis tanto as de cunho municipal como federal, atualmente vemos vários fatores contribuírem maciçamente para o alargamento do caos ambiental no Ceará desde a ocupação de areias impróprias para vida humana, a especulação imobiliária nas áreas serranas e litorâneas, a instalação de industriais sem previa analise das entidades ambientais. Lutarmos contra o capitalismo e a ignorância ambiental já é um grande desafio, mas como lutarmos contra o Estado na pessoa de seus administradores incompetentes e inconseqüentes que estão tornam os bens públicos como patrimônios particulares, onde seus interesses estão acima do bem estar do povo e da vida da natureza. A solução para erradicar este mal é a educação, o respeito as leis, um governo das pessoas e para as pessoas uma política sustentável, a prova do descaso em nosso estado fundamenta-se nas citações supracitadas, onde o maior expoente do legislativo estadual busca através de medidas maquiavélicas e despóticas anular a legalidade e legitimidade das leis e da ordem pública em prol de interesses particulares afim de atender seus objetivos politicalhos e de sua camarilha. Este alto preço está sendo pago pelas comunidades carentes das áreas marginalizadoras do estado, pela classe leiga que caminha para morte pensando em vencer na vida.

Ressaltaremos a união e os trabalhos das instituições não governamentais deste país, o cidadão atuante que busca desenvolver a conscientização da massa para uma nova postura, uma tomada de ação conjunta fazendo-se ouvir e valer as leis. Sem duvida há muitas leis, mas há um abismo entre as mesmas e sua efetivação tanto dos governos como dos indivíduos é uma mágica corrupção passiva X ativa. São a falta da moral onde triunfa a desonra, as inutilidades.
Os avanços da biodiversidade tanto a nível local e nacional seriam bem mais desenvolvidos se o ser humano não atrapalhasse o trâmite da natureza com suas ações antrópicas. Se pretendemos avançar na preservação ambiental temos que da um dimensão global desde alteração social e econômica, respeitosamente acredito que desenvolver medidas paliativas em micro regiões não alcançarão adjetivos reais, a medida que sugerimos corredores ambientais e determinamos áreas ou épocas de atuação estamos menosprezando nosso potencial e abrindo novos caminhos para o avanço em perdas da biodiversidade, enquanto cobrimos timidamente uma causa outras imperceptíveis estão sendo dizimadas. Um exemplo claro disso aconteceu na Região amazônica, todos olhavam para o desmatamento lá, agora estão com olhares para a caatinga e o serrado, mas o grande problema deste feito bola de neve já dá no pantanal sinais periclitantes de desgastes. É preciso desenvolver ações conjuntas e permanentes.
Não podemos cair no discurso imperialista do pessimismo, ou não sua constante tentativa de dominação econômica.
Acredito e valorizo o potencial de projetos, mas a casos em que os projetos surgem para nutrir uma carência jurídica, quando chega a pratica as esferas maiores delegam suas responsabilidades aos menos, temos é que lutarmos não emendas e sim pela efetivação da legislação vigente.
[...] Eu me criei,
matando a fome de Tareco e Mariola, cantando os versos
dedilhados na viola,
por entre os becos do meu velho vassoral [...]
( Fala mansa - Eu Não Preciso de Você )

5 comentários:

  1. olá aqui é o tomáz e eu achei seu texto muito interessante e bem integrante e presciso e bem explicativo!

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  2. Olá professor Santiago Dantas, é a aluna Mikaele do 9° ano.Eu achei o texto muito interessante, pois fala sobre um assunto importante:preservação ambiental,que além de termos que respeitar as leis , elas devem ser mais severas e devemos seguir todas as normas para evitar os caos ambiental,não desmatar e investir cada vez mais em projetos para ajudar o meio ambiente.

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  3. Oi prof. Santiago,é o Erick,do 9° do Colégio Júlia Fialho.Eu concordo com tudo o que o senhor diz no texto “no Ceará não te disso não”, mas eu queria dizer que esse é um problema de difícil resolução.As pessoas, inclusive os representantes político,que cuidam do meio ambiente são pessoas que se preocupam com o amanhã,e é ai que esta o problema, a grande maioria das pessoas não se preocupam nem com o seu amanhã,imagine com o amanhã do planeta.Esse é um problema que deve ser resolvido,mas que provavelmente não vai e é por isso que em um futuro distante ou próximo,eu não sei,nossos netos ou até mesmo nos vamos morrer asfixiados por uma bolha de gás carbônico gigante porque não existem mais árvores o bastante para abastecer o mundo com oxigênio ou em uma enchente ou em um incêndio provocado pelo buraco na cama de ozônio e ETC,mas isso só vai ser daqui à algumas dezenas de anos então as pessoas não se importam.
    PS: Os três tipos de morte citados acima são reais,contanto que o estado meio ambiente chegue a condições drásticas,eu pesquisei.

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  4. Olá
    professor Santiago, eu sou a Sara do 9 ano. Eu gostei muito do seu
    texto, pois ele incentiva as pessoas a preservarem o meio ambiente.

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  5. Olá professora Santiago,sou Liz Alexsandra do 9 ano. Achei o texto muito interessante,concordo com o que o senhor escreveu e em o que o senhor pensa sobre a preservaçao ambiental e sobre as leis e regas

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